24 de dez. de 2010

Dom Manuel Edmilson Cruz recusa comenda no senado.


Neste dia repleto de religiosidade, vale a reflexão sobre o ato singelo e profundamente corajoso – que lavou a alma dos brasileiros que ainda não perderam totalmente a capacidade de se indignar – do bispo de Limoeiro do Norte (CE), dom Manuel Edmilson Cruz. O tapa com luva de pelica que deu nos políticos ao recusar, em pleno Senado, a comenda Dom Helder Câmara – por causa do aumento de salário que os deputados e senadores concederam a si próprios – ressoou mais do que protestos em praça pública ou artigos da imprensa. Sem violência ou ranger de dentes, fez cair a máscara dos políticos irresponsáveis – atitude diferente da de um palhaço que acaba de virar deputado e disse, ao entrar no Congresso, que chegava “numa boa hora”, referindo-se ao aumento.

O gesto não foi uma crítica exatamente ao salário dos parlamentares. Não se deve achar ruim um deputado ou senador ganhar bem. Até porque, se ganhasse mal, a maioria teria isso como eventual desculpa para a corrupção – quantas e quantas vezes já ouvimos que os policiais se curvam aos bandidos porque ganham mal?

A indignação vem do oportunismo, da busca da brecha na lei, da falta de escrúpulo, da impossibilidade de contestação de uma ação tão flagrantemente legal quanto imoral. Dom Manuel foi longe ao apontar caminhos para minimizar o escândalo: um reajuste no salário dos políticos deveria ser concomitante e do mesmo tamanho do aumento do salário mínimo e das aposentados. Isso porque o religioso é generoso com os parlamentares, porque até esse paralelismo é discutível.

Tudo isso só acontece porque a classe política não se vê como servidora pública. Agem, em sua maioria, seus integrantes de modo totalmente contrário, ou seja, servindo-se da famosa “coisa pública” com apetite voraz. Se os serviços que prestam fossem compatíveis com a fartura de recursos que recebem, talvez dom Manuel até aceitasse a comenda. O mais desesperador para quem zela pelos interesses públicos é que a solução para esse e outros problemas seria uma ampla reforma política. Mas quem pode alimentar essa “galinha” é justamente a raposa.

Apesar desses pesares, um feliz Natal para todos.
 
Fonte:
Jornal da CBN;
 
Até Mais;
Rodrigo D. Silva.

19 de dez. de 2010

Mensagem de Natal 2010

Russian icon of the Nativity

Estamos no mês da alegria! Aproveite bem as oportunidades de ouvir músicas tão belas. Participe do calor que vem da família e das amizades. Dê presentes aos seus amigos, aos seus queridos familiares e às pessoas necessitadas. Cante o refrão, “Alerta, ó terra, entoa a nova alegre e boa, nasceu o Redentor!”

Todavia, afaste-se um pouco do brilho e do esplendor tão evidentes em tantos lugares durante este mês, e contemple, com cuidado e sem pressa, a criança na mangedoura. Será que esse quadro não nos oferece um estímulo poderoso para repensarmos a natureza da fragilidade?

Essa criança está envolta em panos de mistério. Esse bebezinho é Deus encarnado diante dos nossos olhos. Essa criancinha é a onipotência envolta em tiras de pano, a onipresença colocada num estábulo, a onisciência confinada a um leito de palha!

Essa criancinha se identifica com aqueles que não têm onde repousar a cabeça cansada. No seu nascimento nao se vê o aparato da nobreza; os sinais exteriores de privilégio desaparecem.

Essa criança na mangedoura é uma lição sobre o mistério da fragilidade!

A hora chegaria em que esse bebê frágil e indefeso de Belém seria reconhecido como o Salvador do mundo. Deitado numa mangedoura ou pendurado numa cruz, Ele projetaria a aparência de ser uma vítima da circunstância, uma pessoa de quem sentiríamos pena, e um modelo de fragilidade.

No entanto, o poder verdadeiro está ausente a não ser que ele brilhe através destes panos de fragilidade. O auto-esvaziamento e a auto-negação autenticos somente são possíveis para aqueles que verdadeiramente conhecem o poder de Deus. Uma vida de serviço prestado com alegria, mesmo que ao nível de sacrifício, é a única opção para aqueles que conhecem a fragilidade do Cristo criança.

Essa fragilidade não deve ser confundida com o sentimento de abandono oriundo da miséria e do desespero. Ao contrário, é a submissão que consiste no ingresso voluntário para a comunidade do pobre e desabrigado a fim de transformá-la numa sementeira de extraordinárias possibilidades. Essa é a frigilidade que conhece as trincheiras, que faz companhia com os necessitados, e que se sente à vontade na presença daqueles que foram empurrados para a periferia da sociedade.

O que contemplamos na mangedoura e celebramos no Natal é o poder extraordinário da fragilidade! Quando experimentamos essa fragilidade, o Espírito Santo nos capacita para sermos verdadeiramente servos de todos. Só então podemos ajudar a transformar o mundo através do serviço que prestamos. O bebezinho da mangedoura é um sinal poderoso de Deus para manifestar ao mundo todo o amor divino que abre o caminho para a vida. Ele se fez pobre para que pela Sua pobreza fôssemos enriquecidos.

(Pois vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza vocês se tornassem ricos. 2 Corintios 8.9).

Fonte: http://www.bwanet.org/ (Aliança Batista Mundial)
 
Abraço;
Rodrigo D. Silva

Marina Silva entre os 100 mais influentes de 2010.

A candidata verde personificou os ideais de uma parcela importante do eleitorado.

“A boa madeira não cresce em sossego; quanto mais fortes os ventos, mais resistentes são as árvores.” Liderança não se improvisa. Marina Silva é a imagem viva de um evento raro em qualquer tempo ou nação: o despontar de uma liderança política calcada na força de um compromisso ético e movida pela fé na capacidade humana de superar obstáculos. Se alguma dúvida sobre isso existia, seu desempenho na eleição presidencial de 2010 se encarregou de desfazê-la. Sonhadora dada a desafios, Marina é a síntese improvável de muitos contrários. Nela se combinam desambição e vontade de servir; utopia e pragmatismo; saberes tradicionais e ciência; convicções enraizadas e disposição de ouvir e aprender sempre; simplicidade e cultivo; discrição e autoridade; despojamento e sofisticação; sentido de missão e avidez de conhecimento. Por sua trajetória de vida e pelos ideais que inspira, ela personifica um sonho de civilização brasileira que merece ser sonhado. Tupi and not tupi. “Onde há perigo, cresce também o que salva.” Os desafios do século XXI clamam por lideranças lúcidas e construtivas, capazes de se afirmar pela pertinência dos valores e do exemplo que inspiram. Queiram os tempos e a vontade dos cidadãos que o Brasil possa um dia revelar ao mundo um líder do quilate de Abraham Lincoln, Mahatma Gandhi ou Nelson Mandela. A semente foi plantada em 2010. Algo em Marina faz brotar em mim a ideia de destino.



Abraços;
Rodrigo D. Silva

9 de dez. de 2010

Dia da Bíblia - 12/12/2010.

História do Dia da Bíblia

Celebrado no segundo domingo de dezembro, o Dia da Bíblia foi criado em 1549, na Grã-Bretanha pelo Bispo Cranmer, que incluiu a data no livro de orações do Rei Eduardo VI. O Dia da Bíblia é um dia especial, e foi criado para que a população intercedesse em favor da leitura da Bíblia. No Brasil a data começou a ser celebrada em 1850, quando chegaram da Europa e EUA os primeiros missionários evangélicos. Porém, a primeira manifestação pública aconteceu quando foi fundada a Sociedade Bíblica do Brasil, em 1948, no Monumento do Ipiranga, em São Paulo (SP).

E, graças ao trabalho de divulgação das Escrituras Sagradas, desempenhado pela entidade, o Dia da Bíblia passou a ser comemorado não só no segundo domingo de dezembro, mas também ao longo de todas a semana que antecede a data. Desde dezembro de 2001, essa comemoração tão especial passou a integrar o calendário oficial do país, graças à Lei Federal 10.335, que instituiu a celebração do Dia da Bíblia em todo o território nacional.

Hoje, as celebrações se intensificaram e diversificaram. Realização de cultos, carreatas, shows, maratonas de leitura bíblica, exposições bíblicas, construção de monumentos à Bíblia e distribuição maciça de Escrituras são algumas das formas que os cristãos encontraram de agradecer a Deus por esse alimento para a vida.


Leia a Bíblia em 1 ano, clique aqui e baixe planos de leitura.

Até mais;
Rodrigo D. Silva

A Bíblia na Família.

Um dos temas mais debatidos na sociedade brasileira, e poderíamos dizer em todo o mundo, é a família. Dizer que a família passa por tempos de turbulência e questionamentos é um dizer mais ou menos o óbvio. O número de casamentos que termina em divórcio depois de poucos anos atinge números sem precedentes. O número de agressões dentro das casas é enorme. Pais que espancam os filhos, filhos que assassinam os pais, maridos e mulheres que se agridem física e psicologicamente, são alguns dos exemplos. O fenômeno dos meninos e meninas de rua é sintoma de que para muitas crianças o lar não é mais um bom lugar para ficar.

Ao lado de tudo isso, as pessoas têm dificuldades de estabelecer padrões de comportamento no que diz respeito ao sexo, economia doméstica, satisfação de desejos e propósito de vida. Tudo isso resulta em problemas que afetam diretamente o núcleo familiar.

Discussões recentes na esfera legal comprovam essa situação. Leis como a da palmada – que procura estabelecer padrões de disciplina para a família –, e a discussão da lei da união homossexual – que quer estabelecer novos padrões para o núcleo familiar –, trazem polêmica e questionamentos no seio da família, das igrejas e da própria sociedade. O que é melhor para a família? Qual o papel e a competência de cada um em todas essas áreas?

2 de dez. de 2010

Pentecostalismo - 3 Ondas - Paul Freston.

Paul Freston divide o pentecostalismo brasileiro em três ondas (FRESTON, 1993: 64-112).

A primeira onda tem inicio com a implantação de duas igrejas, a Congregação Cristã (1910) e a Assembléia de Deus (1911) e estende-se até 1950:

A primeira foi instaurada entre imigrantes italianos em São Paulo por Luigi Francescon. A Assembléia de Deus foi fundada por Daniel Berg e Gunnar Vingen no norte do país. Os três pioneiros eram imigrantes nos EUA que se converteram ao pentecostalismo no momento de ascensão do mesmo. Essa denominação é composta por indivíduos que exercem profissões de baixas qualificações, pobres, discriminados pela Igreja Católica e o protestantismo tradicional. Enfatizam a glossolalia (dom de línguas estranhas), o retorno iminente de Cristo e a salvação mediante a rejeição do mundo.

Podemos ajudar? - Vandalismo destrói mil lixeiras por ano no ABC

Prefeituras de São Bernardo e São Caetano gastam R$ 117 mil para repor as papeleiras.

São Bernardo e São Caetano trocam 1.080 lixeiras todos os anos por conta de atos de vandalismo. A destruição total e parcial atinge 18% de todo equipamento público disponibilizado para lixo em São Bernardo e 24% em São Caetano. O prejuízo anual para os cofres públicos é de R$ 117 mil.

O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), responsável pelo serviço na cidade, afirmou em nota que não possui registros de papeleiras depredadas. O Metro ABC, porém, encontrou duas quebradas ontem na avenida Caminho do Pilar.

A Prefeitura de São Bernardo iniciou o mapeamento dos pontos mais críticos na cidade. “Sabemos que o vandalismo acontece em regiões pontuais e que a maioria da população respeita o equipamento público”, disse o diretor do Departamento de Limpeza Urbana da cidade, Osny Batista Silva Júnior. Ele afirma que há depredação principalmente em eventos com grande público, como shows gratuitos. “Depois do mapeamento, o próximo passo será uma campanha de conscientização junto à população para que saibam a importância das lixeiras.”

Por Vanessa Selicani
Fonte Jornal Metro ABC - 01/12/2010

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Gostaria de deixar algumas perguntas:
  1. O que leva pessoas a destruírem equipamentos públicos?
  2. Como cristãos podemos ajudar a combater este e outros tipos de vandalismo?
  3. Você tem algum exemplo de situações parecidas onde cristãos deram uma resposta relevante à sociedade? Comente.
Até mais;
Rodrigo D. Silva.

1 de dez. de 2010

Arnaldo Jabor - Morro do Alemão - Rio de Janeiro

Assistindo o Jornal da Glogo, vi este comentário do Arnaldo Jabor, achei interessante compartilhar:

Tá na hora dessa gente carioca mostrar o seu valor.



Basta querer. Quando o estado, o país e a população se mobilizaram conseguiram dominar o maior ponto de tráfico do Rio de Janeiro, conhecido como o paraíso dos traficantes. Porque não fazer o mesmo com as fronteiras do Brasil? Basta querer.

Abraços;

Rodrigo D. Silva.