10 de out. de 2015

Redução arriscada...



Uma cultura cristã não é suficiente, uma ética cristã não é suficiente, idéias acerca de Cristo não são suficientes. Deus quer uma entrega genuína a Ele! Ele quer TUDO em nossas vidas, nada menos que TUDO...

13 de ago. de 2015

Aprendendo com a Disney

Recebi por e-mail, achei interessante:
Certa vez eu estava com meus filhos visitando a Disneyworld, em Orlando, quando percebemos que meu filho mais velho, na época com sete anos, havia perdido um boné recém-comprado. Perguntamos a um jardineiro que estava próximo se ele sabia onde era a sessão de “achados e perdidos”. O homem parou de limpar o jardim e nos levou a uma das lojas próximas que vendiam bonés. Chegando lá pediu para meu filho mostrar o modelo de boné que havia perdido. Meu filho mostrou. O funcionário puxou um bloquinho de cupons da Disney do bolso traseiro e comprou um boné novo para o meu filho. “Um presente do Mickey. Vocês estão aqui para passar bons momentos, então, façam isso”, disse-nos com um sorriso.
No jargão técnico, isso se chama “empowerment” que numa tradução horrível significa “empoderamento” da linha-de-frente. Quantos gerentes (não jardineiros, gerentes) você conhece que têm essa autonomia? Agora faz a conta: um boné custa $2, $3 e eles vendem por $9,99. Compensa? Sem dúvida!
Já contei essa história para pelo menos 100.000 pessoas em palestras, artigos e seminários nos últimos 15 anos (meu filho hoje tem 22). A questão é: como contratar esse tipo de funcionário? Como treiná-lo? Como garantir que ele não vai vender os cupons para algum cambista e acabar com o estoque de bonés? Bom, a Disney tem alguns processos interessantes para isso.
Recentemente, uma pessoa, amiga de um conhecido meu, se candidatou para compor a equipe da Disney no Brasil e foi chamada para uma entrevista. Alguns dias depois recebeu uma carta muito gentil que, em resumo, dizia o seguinte: você demostrou muitas habilidades importantes para esse cargo e o seu desempenho na avaliação técnica foi acima da média, o que certamente lhe garantirá boas chances de colocação profissional, mas não na Disney. Você não cumprimentou a maioria das pessoas que passaram por você, incluindo faxineiros, mensageiros e outros candidatos que cruzaram com você no salão de espera, e isso é algo que nós damos mais importância do que as habilidades técnicas. Boa sorte

Kanban - Um ótimo método de organização de atividades

Trabalho em uma consultoria de software e o Kanban vem sendo largamente utilizado nesse segmento de atuação. Tenho utilizado, é muito rápido, prático e eficiente. Sabemos que existem diversos níveis de utilização, mas quero apresentar apenas como uma forma simples de organização de pendências, utilizo o texto abaixo para ilustrar:


Hoje em dia a informação pode chegar de qualquer lugar e por qualquer dispositivo, apesar de estarmos armados com smartphones, tablets e computadores de ultima geração, a sobrecarga de informação insiste em nos perturbar. E-mails, planilhas, listas de tarefas e relatórios estão em todas as partes. Mas, quando eles não se encaixam em uma informação textual única, a sua eficácia fica menor do que você imagina. Minha mãe sempre diz: Uma imagem vale mais que mil palavras. Não é que ela está certa! Estudos científicos comprovam que o cérebro processa uma informação visual 60 mil vezes mais rápido do que em texto. Sem falar que à retina está ligada a 40% de todas as nossas fibras nervosas. Fantástico!

O Kanban lhe ajuda a assimilar e controlar o progresso de suas tarefas de forma visual. É, normalmente, utilizado um quadro branco com alguns pequenos papéis (Post-it) colados, esses papéis representam as suas tarefas, ao termino de cada tarefa o papel é puxado para a etapa seguinte até que a mesma seja finalizada. Ao olhar para um quadro Kanban é fácil enxergar como o trabalho seu e de sua equipe fluem, permitindo não só comunicar o status, mas também dar e receber feedbacks. O Kanban faz você falar sem sequer abrir a boca, ele consegue levar informações que normalmente seriam escritas de maneira rápida, prática e objetiva. Ah, então deixa eu te mostrar uma imagem do quadro Kanban… :)

Um quadro Kanban simples

Um exemplo do quadro que utilizo


Indico esse método como ótima forma para organização de tarefas!


12 de ago. de 2015

Ekklesia: Democracia Radical

Escrito por Leonardo Boff

ImageSempre que falamos de democracia, nos reportamos à experiência fundadora dos gregos que em suas cidades, os cidadãos exerciam o poder de decisão de forma direta consoante o princípio da predominância da maioria. Por mais que a idealizemos, especialmente, depois das teorizações de Platão e Aristóteles, a democracia era, na verdade, muito restrita. As cidades-estado eram pequenas e somente 1/6 da população exercia a democracia, concretamente, os cidadãos livres. As mulheres, os escravos, os artesãos, os estrangeiros e os imigrados eram excluidos. Mas a experiência grega se tornou referência para toda a reflexão política posterior.[1]

Entretanto, há uma outra experiência de democracia muito mais radical que a grega e que foi vivida pelas duas primeiras gerações de cristãos. Ela é paradigmática para todo pensamento utópico posterior, embora tenha sido abandonada pelo cristianismo vigente que se organizou numa forma oposta. Ela não ficou referência para o discurso político atual pelo fato de ter sido realizada nos quadros de uma experiência religiosa, pouco ou nada valorizada pelo pensamento laico e laicista. Hoje, a despeito seu nicho religioso, vemos a democracia cristã como qualquer outro fenômeno social. merecendo consideração especialmente quando se busca uma democracia radical, levada a todos os campos da convivência humana, aos movimentos sociais e também à economia, quer dizer, uma democracia sem fim.

A experiência geradora da democracia radical cristã foi a prática de Jesus: absolutamente anti-discriminatória, anti-hierárquica e de fraterndade universal. São Paulo resumiu tudo dizendo:"Agora já não há judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos são um em Cristo Jesus"(Gal 3,28). O resultado foi que escravos, livres, portuários, mercadores, advogados, soldados, independente de sua situação social e de gênero, formavam comunidades fraternais que viviam a "koinonia" (comunhão), palavra para expressar o comunismo radical de "colocar tudo em comum", repartindo os bens materiais "conforme as necessidades de cada um". E como louvor se diz que "não havia pobres entre eles"(At 2 e 3). Essa democracia era radical mesmo pois as decisões eram tomadas com a participação de toda a comunidade. A lei básica era: "o que concerne a todos, deve ser decidido por todos". Isso valia também para a nomeação dos bispos e dos presbíteros.

Chamou-se tal comunidade de "ekklesia" em grego, "ecclesia" em latim e "igreja" em português. O sentido original de "ekklesia" não era religioso, mas político: a assembléia popular. Escolheu-se esse nome profano para distinguir a democracia cristã de outras expressões religiosas da época.

Essa memória foi perdida na Igreja Católica. Perguntaram, certa feita, a João Paulo II se a Igreja era uma democracia. Respondeu: não; ela é uma "koinonia". Ora "koinonia" é sinônimo de democracia radical, coisa que seguramente o Papa não pensou. Com efeito, hoje como ela se estrutura, não é "koinonia". É uma monarquia absolutista espiritual organizada sob a influência das monarquias do passado. Como tal, fecha as portas à democracia cristã dos primórdiois. Ou só a aceita sob a forma inócua da espiritualização. É importante resgatarmos a memória revolucionária escondida na palavra "Igreja". Quem sabe, não inspira outro jeito de ser cristão e de ser cidadão?

Fonte: http://www.faculdadeunida.com.br/site/servicos/servicos-artigos/17-ekklesia-democracia-radical

[1] A Eclésia (em grego: Εκκλησία; transl.: ekklesia) era a principal assembleia da democracia ateniense na Grécia Antiga. Era uma assembleia popular, aberta a todos os cidadãos do sexo masculino, com mais de dezoito anos que tivessem prestado pelo menos dois anos de serviço militar e que fossem filhos de um pai natural da pólis (a partir do ano de 452 a.C. também a mãe o teria de ser).

Ele...

É o Alpha e o Omega, o princípio e o fim, mas é também o meio... E é no meio que a vida acontece.