8 de jun. de 2012

Novo Mapa das Religiões



Interessante notar 3 pontos:
  1. O não crescimento dos segmentos pentecostais nos últimos 6 anos, em contrapartida um ganho significativo dos evangélicos tradicionais (históricos).
  2. As mulheres são menos católicas atualmente.
  3. A redução do catolicismo na infância, adolescência e juventude - não para grupos pentecostais.


Veja a pesquisa completa aqui.
 

Cristofobia


Pouco denunciada, a opressão violenta das minorias cristãs nos países muçulmanos é um problema cada vez mais grave.


AYAAN HIRSI ALI
  
Ayaan Hirsi Ali, de 42 anos, nasceu de uma família muçulmana na Somália e emigrou para a Holanda, onde foi parlamentar. Produziu o filme Submissão (2004), sobre a repressão às mulheres no mundo islâmico. É pesquisadora do American Enterprise Institute

SANGUE DERRAMADO
Cristãos coptas, do Egito, carregam uma imagem de Jesus Cristo manchada de sangue, em ato contra a violência de extremistas islâmicos (Foto: Asmaa Waguih/Reuters)
Ouvimos falar com frequência de muçulmanos como vítimas de abuso no Ocidente e dos manifestantes da Primavera Árabe que lutam contra a tirania. Outra guerra completamente diferente está em curso – uma batalha ignorada, que tem custado milhares de vidas. Cristãos estão sendo mortos no mundo islâmico por causa de sua religião. É um genocídio crescente que deveria provocar um alarme em todo o mundo.
O retrato dos muçulmanos como vítimas ou heróis é, na melhor das hipóteses, parcialmente verdadeiro. Nos últimos anos, a opressão violenta das minorias cristãs tornou-se a norma em países de maioria islâmica, da África Ocidental ao Oriente Médio e do sul da Ásia à Oceania. Em alguns países, o próprio governo e seus agentes queimam igrejas e prendem fiéis. Em outros, grupos rebeldes e justiceiros resolvem o problema com as próprias mãos, assassinando cristãos e expulsando-os de regiões em que suas raízes remontam a séculos.

A reticência da mídia em relação ao assunto tem várias origens. Uma pode ser o medo de provocar mais violência. Outra é, provavelmente, a influência de grupos de lobby, como a Organização da Cooperação Islâmica – uma espécie de Nações Unidas do islamismo, com sede na Arábia Saudita – e o Conselho para Relações Americano-Islâmicas. Na última década, essas e outras entidades similares foram consideravelmente bem-sucedidas em persuadir importantes figuras públicas e jornalistas do Ocidente a achar que todo e qualquer exemplo entendido como discriminação anti-islâmica é expressão de um transtorno chamado “islamofobia” – um termo cujo objetivo é extrair a mesma reprovação moral da xenofobia ou da homofobia.

Save the Forest

Vi um carro como este parado na minha frente em um semáforo em São Bernardo do Campo:


O motorista arremessou pela janela uma garrafa PET na via pública, próximo a um bueiro... Algumas possibilidades:

  • Ele não entende inglês;
  • A preocupação dele é somente com a floresta e não com as vias públicas;
  • Ele acha o Urso Panda fofinho;
  • O carro não era dele...
Este tom irônico apenas para demonstrar como estamos inseridos numa sociedade extremamente superficialista,  que se preocupa apenas com o rótulo e não com o conteúdo.

Até mais;

Rodrigo.

O Leitor Pergunta


Publicado na Revista Ultimato Edição 334

Vivo um conflito a respeito da graça de Deus. Desde que me libertei dos legalismos, me senti menos culpado e mais livre, mas também sem forças para lutar contra o pecado e sem muita vontade de querer ser bom. Parece que o evangelho de regras, que ameaça e exige fidelidade a Deus para conquistar bênçãos, funciona mais. O que o senhor acha disso?  (Paulo Roberto)

Paulo Roberto, não existe evangelho senão o da graça de Deus. Apenas a fé cristã conhece o conceito de graça: a disposição autodeterminada de Deus em amar e se relacionar com suas criaturas independentemente de seus méritos ou virtudes. A graça é a firmação de que Deus não faz barganhas e não pode ser manipulado para o bem (abençoar) ou para o mal (amaldiçoar). A graça implica necessariamente a superação de um relacionamento com Deus baseado em sacrifícios humanos, medo e culpa. A experiência da graça de Deus nos liberta da tirania da necessidade de fazer por merecer o amor de Deus. Porém, é um erro achar que o incondicional amor de Deus se destina apenas a nos livrar dos horrores do inferno pós-morte ou das maldições divinas ainda nesta vida. Viver sob a graça e o amor de Deus vai além da mera gestão de pecado e se concretiza em plenitude em uma vida dedicada a Deus: o amor de Cristo nos constrange a viver para ele (2Co 5.14-15). Pode ser que uma mensagem baseada em regras que definem os critérios para bênçãos e maldições seja mais eficaz em termos de controle de mentes e consciências, mas definitivamente não é o evangelho de Jesus Cristo. E porque não é o evangelho de Jesus Cristo, perpetua a escravidão, isto é, sustenta neuroses, mantém as pessoas infantilizadas e amedrontadas, oportuniza hipocrisias e abusa de consciências ignorantes e corações em sofrimento. O evangelho de Jesus Cristo é diferente: “Vocês conhecerão a verdade, e a verdade os libertará. E se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres” (Jo 8.32, 36).

Minhas colegas de faculdade levantaram um questionamento que eu não sei responder: “Se Deus me ama, e eu tenho a liberdade de escolher se quero servi-lo ou não, então por que seria destruída se escolhesse não servi-lo?”. O argumento em que se basearam para levantar tal questão é: “Religião é a crença de que existe um ser invisível que observa tudo o que fazemos. Ele tem uma lista de dez coisas que não se pode fazer e, caso façamos uma delas, ele nos manda para um lugar onde iremos queimar por toda a eternidade”. Como posso responder a isso?  (Carolina)

A definição de religião que você enviou é elementar e inclusive muito comum, embora absolutamente equivocada. Apenas pessoas que querem destruir a religião levantam esse tipo de questionamento. Reduzir Deus ou a experiência religiosa a uma questão moral é um simplismo. A pergunta correta não diz respeito ao que acontece comigo se eu desobedecer aos Dez Mandamentos (questão moral), mas ao que acontece comigo se eu pular do 37° andar, ou o que acontece se, para fugir da violência urbana, eu tentar viver nas profundezas do oceano (questão ontológica: da natureza do ser). Acreditar que Deus é um velhinho barbudo e melindroso não é muito diferente de acreditar em Papai Noel. Apenas mentes infantis, ou mal intencionadas, ou que lucram com isso, se interessam em reforçar esse tipo de crença. A consciência de que não existe vida autônoma em relação a Deus não é apenas cristã. Os poetas gregos também intuíram o que a Bíblia Sagrada afirma: em Deus “vivemos, nos movemos e existimos” (At 17.28). Isso significa que o nome do jogo não é “condenação ao inferno por causa de desobediência moral”. O pecado, portanto, não é uma questão de Dez Mandamentos, mas se assemelha muito mais à pretensão do braço de continuar vivo depois de amputar-se do corpo, ou à do ventilador que acredita que vai continuar funcionando depois de desplugar-se da tomada.

• Ed René Kivitz é pastor da Igreja Batista de Água Branca, em São Paulo. É mestre em ciências da religião e autor de, entre outros, “O Livro Mais Mal-Humorado da Bíblia” www.edrenekivitz.com