19 de dez. de 2010

Mensagem de Natal 2010

Russian icon of the Nativity

Estamos no mês da alegria! Aproveite bem as oportunidades de ouvir músicas tão belas. Participe do calor que vem da família e das amizades. Dê presentes aos seus amigos, aos seus queridos familiares e às pessoas necessitadas. Cante o refrão, “Alerta, ó terra, entoa a nova alegre e boa, nasceu o Redentor!”

Todavia, afaste-se um pouco do brilho e do esplendor tão evidentes em tantos lugares durante este mês, e contemple, com cuidado e sem pressa, a criança na mangedoura. Será que esse quadro não nos oferece um estímulo poderoso para repensarmos a natureza da fragilidade?

Essa criança está envolta em panos de mistério. Esse bebezinho é Deus encarnado diante dos nossos olhos. Essa criancinha é a onipotência envolta em tiras de pano, a onipresença colocada num estábulo, a onisciência confinada a um leito de palha!

Essa criancinha se identifica com aqueles que não têm onde repousar a cabeça cansada. No seu nascimento nao se vê o aparato da nobreza; os sinais exteriores de privilégio desaparecem.

Essa criança na mangedoura é uma lição sobre o mistério da fragilidade!

A hora chegaria em que esse bebê frágil e indefeso de Belém seria reconhecido como o Salvador do mundo. Deitado numa mangedoura ou pendurado numa cruz, Ele projetaria a aparência de ser uma vítima da circunstância, uma pessoa de quem sentiríamos pena, e um modelo de fragilidade.

No entanto, o poder verdadeiro está ausente a não ser que ele brilhe através destes panos de fragilidade. O auto-esvaziamento e a auto-negação autenticos somente são possíveis para aqueles que verdadeiramente conhecem o poder de Deus. Uma vida de serviço prestado com alegria, mesmo que ao nível de sacrifício, é a única opção para aqueles que conhecem a fragilidade do Cristo criança.

Essa fragilidade não deve ser confundida com o sentimento de abandono oriundo da miséria e do desespero. Ao contrário, é a submissão que consiste no ingresso voluntário para a comunidade do pobre e desabrigado a fim de transformá-la numa sementeira de extraordinárias possibilidades. Essa é a frigilidade que conhece as trincheiras, que faz companhia com os necessitados, e que se sente à vontade na presença daqueles que foram empurrados para a periferia da sociedade.

O que contemplamos na mangedoura e celebramos no Natal é o poder extraordinário da fragilidade! Quando experimentamos essa fragilidade, o Espírito Santo nos capacita para sermos verdadeiramente servos de todos. Só então podemos ajudar a transformar o mundo através do serviço que prestamos. O bebezinho da mangedoura é um sinal poderoso de Deus para manifestar ao mundo todo o amor divino que abre o caminho para a vida. Ele se fez pobre para que pela Sua pobreza fôssemos enriquecidos.

(Pois vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza vocês se tornassem ricos. 2 Corintios 8.9).

Fonte: http://www.bwanet.org/ (Aliança Batista Mundial)
 
Abraço;
Rodrigo D. Silva

Um comentário:

  1. Não sei de onde veio a expressão deu a luz, mais não iria questionar se alguém me dissesse que veio do nascimento de Jesus, afinal Maria literalmente deu a Luz, não que a Luz fosse dadiva dela, afinal como muito bem expressou o poeta do Libano, Kalhil Gibran, "Maria foi apenas uma planice que deu a luz a uma Montanha."
    Quando Jesus veio ao mundo era noite e Lucas diz que ouve um esplendor. Em sua vinda a escuridão da meia noite se tonou luz do meio dia e em sua morte a luz do meio dia se tornou em escuridão da meia noite.

    Feliz Natal

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