Russian icon of the Nativity
Estamos no mês da alegria! Aproveite bem as oportunidades de ouvir músicas tão belas. Participe do calor que vem da família e das amizades. Dê presentes aos seus amigos, aos seus queridos familiares e às pessoas necessitadas. Cante o refrão, “Alerta, ó terra, entoa a nova alegre e boa, nasceu o Redentor!”
Todavia, afaste-se um pouco do brilho e do esplendor tão evidentes em tantos lugares durante este mês, e contemple, com cuidado e sem pressa, a criança na mangedoura. Será que esse quadro não nos oferece um estímulo poderoso para repensarmos a natureza da fragilidade?
Essa criança está envolta em panos de mistério. Esse bebezinho é Deus encarnado diante dos nossos olhos. Essa criancinha é a onipotência envolta em tiras de pano, a onipresença colocada num estábulo, a onisciência confinada a um leito de palha!
Essa criancinha se identifica com aqueles que não têm onde repousar a cabeça cansada. No seu nascimento nao se vê o aparato da nobreza; os sinais exteriores de privilégio desaparecem.
Essa criança na mangedoura é uma lição sobre o mistério da fragilidade!
A hora chegaria em que esse bebê frágil e indefeso de Belém seria reconhecido como o Salvador do mundo. Deitado numa mangedoura ou pendurado numa cruz, Ele projetaria a aparência de ser uma vítima da circunstância, uma pessoa de quem sentiríamos pena, e um modelo de fragilidade.
No entanto, o poder verdadeiro está ausente a não ser que ele brilhe através destes panos de fragilidade. O auto-esvaziamento e a auto-negação autenticos somente são possíveis para aqueles que verdadeiramente conhecem o poder de Deus. Uma vida de serviço prestado com alegria, mesmo que ao nível de sacrifício, é a única opção para aqueles que conhecem a fragilidade do Cristo criança.
Essa fragilidade não deve ser confundida com o sentimento de abandono oriundo da miséria e do desespero. Ao contrário, é a submissão que consiste no ingresso voluntário para a comunidade do pobre e desabrigado a fim de transformá-la numa sementeira de extraordinárias possibilidades. Essa é a frigilidade que conhece as trincheiras, que faz companhia com os necessitados, e que se sente à vontade na presença daqueles que foram empurrados para a periferia da sociedade.
O que contemplamos na mangedoura e celebramos no Natal é o poder extraordinário da fragilidade! Quando experimentamos essa fragilidade, o Espírito Santo nos capacita para sermos verdadeiramente servos de todos. Só então podemos ajudar a transformar o mundo através do serviço que prestamos. O bebezinho da mangedoura é um sinal poderoso de Deus para manifestar ao mundo todo o amor divino que abre o caminho para a vida. Ele se fez pobre para que pela Sua pobreza fôssemos enriquecidos.
(Pois vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza vocês se tornassem ricos. 2 Corintios 8.9).
Abraço;
Rodrigo D. Silva
Não sei de onde veio a expressão deu a luz, mais não iria questionar se alguém me dissesse que veio do nascimento de Jesus, afinal Maria literalmente deu a Luz, não que a Luz fosse dadiva dela, afinal como muito bem expressou o poeta do Libano, Kalhil Gibran, "Maria foi apenas uma planice que deu a luz a uma Montanha."
ResponderExcluirQuando Jesus veio ao mundo era noite e Lucas diz que ouve um esplendor. Em sua vinda a escuridão da meia noite se tonou luz do meio dia e em sua morte a luz do meio dia se tornou em escuridão da meia noite.
Feliz Natal