15 de jun. de 2011

Pronunciamento das Igrejas Batistas Nacionais sobre a PL 122

As igrejas batistas nacionais espalhadas nas vinte e seis unidades da federação e no Distrito Federal, posicionam-se democrática e institucionalmente contrárias ao PLC 122/06, entendendo tratar-se de projeto tendencioso que visa suprimir direitos consumados como a liberdade de consciência e de expressão e a liberdade religiosa e de culto, e ainda, uma ameaça o princípio salutar da separação entre igreja e Estado.

Nós batistas temos lutado há quatro séculos pela liberdade, e desenvolvido internamente um modelo de governo que privilegia a tolerância, o diálogo e a democracia participativa. Temos, portanto direito e autoridade moral para nos posicionarmos contra todo tipo artifício que vise cercear nosso “modus vivendi”.

Não nos parecem subsistentes os argumentos apresentados pelos proponentes do PLC 122/06 para amparar um segmento da sociedade que a si mesmo se denomina GLBTT como se estivessem desassistidos por diversas leis que já criminalizam o preconceito. A lei em questão apresenta excessivo rigor ao que chama de comportamento “homofóbico”. O movimento GLBTT usa bem a mídia para divulgar sua causa, lança suspeição a maioria da população que exerce seu direito natural e legal de ser heterossexual e rotula de preconceituoso quem não concorda com eles.

Respeitamos a todos e entendemos por justiça a igualdade de direitos e deveres, bem como a supressão de privilégios de indivíduos ou grupos. Compreendemos que cabe ao Estado e a sociedade organizada proteger os menos favorecidos e os incapazes, assim como buscar a erradicação da miséria, da exclusão social, do analfabetismo e outros males que estratificam a população em classes economicamente muito distanciadas, privando muitos de acesso a educação, saúde e tecnologia. 

Para afirmar nossa posição, basta leitura dos princípios defendidos pelos batistas há séculos. Não temos nada de novo a dizer sobre liberdade. Lembramos, porém, que a liberdade não é o único bem que defendemos. Lutamos também pela verdade, pela justiça do reino de Deus, e pela pregação do Evangelho de Jesus Cristo a todas as criaturas. Muitos cristãos foram e ainda são encarcerados. Muitos cristãos morreram e outros hoje são perseguidos por amor a Jesus. Se nos for dada liberdade para cumprir nossa missão, melhor. Se não, continuaremos a fazê-lo, mesmo sob risco, porém fiéis a Deus, que nos comissionou.

Pr. José Carlos da Silva
Presidente da CBN

PRINCÍPIOS BATISTAS:

II – O INDIVÍDUO

1. Seu Valor
A Bíblia revela que cada ser humano é criado à imagem de Deus, é único, precioso e
insubstituível. Criado ser racional, cada pessoa é moralmente responsável perante Deus e o próximo. O homem como indivíduo é distinto de todas as outras pessoas. Como pessoa, ele é unido aos outros no fluxo da vida, pois ninguém vive nem morre por si mesmo. A Bíblia revela que Cristo morreu por todos os homens. O fato de ser o homem criado à imagem de Deus, e de Cristo morrer para salvá-lo, é a fonte da dignidade e do valor humano. Ele tem direito, outorgado por Deus, de ser reconhecido e aceito como indivíduo sem distinção de raça, cor, credo ou cultura; de ser parte digna e respeitada da comunidade; de ter a plena oportunidade de alcançar o seu potencial.
Cada indivíduo foi criado à imagem de Deus e, portanto, merece respeito e consideração como uma pessoa de valor e dignidade infinita.

2. Sua Competência
O indivíduo, porque criado à imagem de Deus, torna-se responsável por suas decisões morais e religiosas. Ele é competente, sob a orientação do Espírito Santo, para formular a própria resposta à chamada divina ao evangelho de Cristo, para a comunhão com Deus, para crescer na graça e conhecimento de nosso Senhor. Estreitamente ligada a essa competência está a responsabilidade de procurar a verdade e, encontrando-a, agir conforme essa descoberta e de partilhar a verdade com outros. Embora não se admita coação no terreno religioso, o cristão não tem a liberdade de ser neutro em questões de consciência e convicção. 
Cada pessoa é competente e responsável perante Deus, nas próprias decisões e questões morais e religiosas.

3. Sua Liberdade
Os batistas consideram como inalienável a liberdade de consciência, a plena liberdade de religião de todas as pessoas. O homem é livre para aceitar ou rejeitar a religião; escolher ou mudar sua crença; propagar e ensinar a verdade como a entenda, sempre respeitando direitos e convicções alheias; cultuar a Deus tanto a sós quanto publicamente; convidar outras pessoas a participarem nos cultos e outras atividades de sua religião; possuir propriedade e quaisquer outros bens necessários à propagação de sua fé. Tal liberdade não é privilégio para ser concedido, rejeitado ou meramente tolerado — nem pelo Estado, nem por qualquer outro grupo religioso — é um direito outorgado por Deus.
Cada pessoa é livre perante Deus em todas as questões de consciência e tem o direito de abraçar ou rejeitar a religião, bem como de testemunhar sua fé religiosa, respeitando os direitos dos outros.

5. Sua Relação Para com o Estado
Tanto a igreja como o Estado são ordenados por Deus e responsáveis perante Ele. Cada um é distinto; cada um tem um propósito divino; nenhum deve transgredir os direitos do outro. Devem permanecer separados, mas igualmente manter a devida relação entre si e para com Deus. Cabe ao Estado o exercício da autoridade civil, a manutenção da ordem e a promoção do bem-estar público.
A igreja é uma comunhão voluntária de cristãos, unidos, sob o domínio de Cristo, para o culto e serviço em Seu nome. O Estado não pode ignorar a soberania de Deus nem rejeitar Suas leis como a base da ordem moral e da justiça social. Os cristãos devem aceitar suas responsabilidades de sustentar o Estado e obedecer ao poder civil, de acordo com os princípios cristãos.
O Estado deve à igreja a proteção da lei e a liberdade plena, no exercício do seu ministério espiritual. A igreja deve ao Estado o reforço moral e espiritual para a lei e a ordem, bem como, a proclamação clara das verdades que fundamentam a justiça e a paz. A igreja tem a responsabilidade, tanto de orar pelo Estado, quanto de declarar o juízo divino em relação ao governo, às responsabilidades de uma cidadania autêntica e consciente, e aos direitos de todas as pessoas. A igreja deve praticar coerentemente os princípios que sustenta e que devem governar a relação entre ela e o Estado.
A igreja e o Estado são constituídos por Deus e perante Ele responsáveis. Devem permanecer distintos, mas têm a obrigação de reconhecimento e reforços mútuos, no propósito de cumprir-se a função divina.

Acesso: 15/06/2011

Pronunciamento da Igreja Metodista sobre a PL 122

O Colégio Episcopal da Igreja Metodista divulgou hoje, 10, um pronunciamento oficial sobre o Projeto de Lei 122. O texto tramita no Senado Federal e prevê punições para quem impedir, por exemplo, manifestações de afetividade entre pessoas homossexuais em locais públicos, quem recusar ou sobretaxar a compra ou a locação de imóveis em razão de preconceito, ou quem, pelo mesmo motivo, prejudicar recrutamento, promoção profissional ou seleção educacional.

Para a Igreja Metodista, a liberdade é um dos principais pilares da sociedade e só é possível vivê-la se houver a concretização da liberdade de consciência e expressão. O projeto, portanto, incita a discriminação ao promover censura da consciência e da expressão e promove a violência, pois defende a liberdade para um grupo em detrimento de outros.

A Igreja Metodista manifesta:

• Discordância com relação ao Projeto de Lei 122/2006 por ferir os preceitos Constitucionais à luz do direito humano de “pensar e deixar pensar”, ou seja, “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”.

• Considerando os preceitos e ensinos da Bíblia e da Igreja, reafirmamos a nossa posição contrária à prática do homossexualismo. Ao mesmo tempo, enfatizamos a importância de uma pastoral acolhedora e amorosa, anunciando a mensagem reconciliadora e transformadora do Evangelho em termos de arrependimento e nova vida anunciada por Cristo Jesus.

• Destacamos o nosso compromisso evangélico com a paz, pelo que nos levantamos contra todo tipo de violência. Somos pelo desarmamento, pela proteção da criança para que não seja violentada, pelo enfretamento de toda violência contra a mulher. Nada pode justificar a violência, pois os pacificadores é que “serão chamados filhos de Deus”. (Jesus, in Mateus 5.9)

• Ressaltamos que a Igreja não aceita a homofobia e abomina toda e qualquer perseguição à qualquer ser humano por conta do seu estilo de vida, da mesma forma que não podemos nos calar diante de qualquer situação que agrida a dignidade da vida.

A Igreja Metodista conclama:

• As nossas autoridades legislativas para que tenham sensibilidade, à luz dos preceitos Constitucionais, pela não aprovação da PL 122/2006 nos termos propostos. Entendemos que dentro de uma sociedade democrática temos que garantir o direito inviolável à liberdade de consciência, de crença e expressão.

• O povo metodista manifesta-se, através dos meios de comunicação e de relacionamento da Igreja e fora dela, contrariamente ao Projeto de Lei, orando para que Deus dê discernimento aos nossos legisladores.


São Paulo, 10 de junho de 2011
Bispo Adonias Pereira do Lago
Secretário do Colégio Episcopal
Igreja Metodista

Bispo João Carlos Lopes
Presidente do Colégio Episcopal
Igreja Metodista

Acesso em 15/06/2011.

3 de jun. de 2011

Juventude - RAP

Escutei uma música de RAP que achei bem pertinente ao momento que temos vivido, coloco um trecho dela logo abaixo, lembrando que a letra está no seu formato literal, preservando até mesmo o uso de algumas gírias e possíveis erros de concordância e/ou gramática, que existem em função da rima:


Me divertia brincando de barbie com os 11 anos
mais agora com essa idade
as mina quer esquema com os manos
e não é bejo na boca
hoje em dia a pegada é bem mais louca
nem demora e logo já tiram suas roupas
que são bem poucas, cai bem um top
pra imitar o mundo pop
depois paquerar no shopping
minha vó critica eu do risada acho engraçado
mas se for ver a real da história ta tudo errado
ninguém tem mais pudor, é luxo ter valor
sem essa de se entregar pro seu primeiro amor
o negócio é contar vantagem com a quantidade
ainda nao sabem a existencia da palavra qualidade
é gente que nem tem tamanho e se acha maduro
fazem tudo antes do tempo, geração de pré-maturos
qual será o futuro dos meus, dos filhos teus
vai ter que trocar uma ideia e rezar
que é só por Deus

Já nao se fazem mais moleques como antigamente
a menininha de hoje em dia não é tao inocente
evolução ou falta de noção, a juventude é o futuro da nação ? (não sei nao)

Ele nem saiu das fralda mas pensa que é adulto
volta das balada bebado, caçando assunto
o pai banca colégio, carro e alimentação
ele prefere cerveja cigarro e diversão
deixa a barba cresce pra esconde as espinhas
diz que é garanhão e num transa de camisinha
sai com várias mina ele nao vai mudar
não tá nem aí se alguma engravidar
é só sumi, que alguem assume a responsa
se a casa caí a vó fica com a criança
se der B.O, melhor é pagar pensão
e se for menor, quem arca com a situação?
leva pra igreja e tranca ele em casa
corta o mal na raíz, nao deixa abrir as asas
viver sob pressão nao resolve nada
só boa criação pra muda a molecada.

Até mais;
Rodrigo.

2 de jun. de 2011

Não se consegue odiar uma pessoal pela qual se ora


Suponhamos que você tenha uma pessoa que, por alguma razão, não gosta de você, vira-lhe o rosto, faz comentários desairosos a seu respeito, trata-lhe como inimigo, persegue você. Você a encontra e no seu coração ecoa um grito silencioso por justiça ou até mesmo um desejo contido por vingança. Tais coisas, sem que, em algumas circunstâncias, se saiba por que, acontecem. Ainda perturbado, experimente orar por essa pessoa. Este é o tipo de oração que parece feita no vazio. Continue orando assim mesmo. Ore porque quer obedecer a palavra de Jesus Cristo: “Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem” (Mateus 5.43). Continue obedecendo, mesmo que a contragosto. Se você ficar firme, verá o que acontecerá. Quando encontrar essa pessoa de novo, a disposição do seu coração não será a mesma. Ela ainda é inimiga, mas você se importa menos com sua inimizade. Não se consegue odiar uma pessoa pela qual se ora. Se persistir orando, você ainda a amará.

Experimente. Experimente a sabedoria de Jesus.


Por Israel Belo de Azevedo