Marina Silva candidata a presidência da república em 2010 que angariou mais de 20 milhões de votos pediu desfiliação do PV. Nesta ultima quinta-feira, 07, Marina Silva juntamente com outros 15 aliados pediram desfiliação do Partido Verde, partido fundado em 1986 que possui como principais características a luta pelas causas ambientais e sociais. Marina fez parte do PV por quase 2 anos (exatos 22 meses), e estava nele quando se candidatou a presidência em 2010.
A carta de desfiliação teve a seguinte introdução: “Chegou a hora de acreditar que vale a pena, juntos, criarmos um grande movimento para que o Brasil vá além e coloque em prática tudo aquilo que a sociedade aprendeu nas últimas décadas, experimentando a convivência na diversidade, a invenção de novas maneiras de resolver problemas solidariamente, indo à luta à margem.” No decorrer da carta que está disponível no endereço: www.minhamarina.org.br está descrito o relato de que Marina e aliados não encontraram no PV apoio para levar adiante alguns projetos que tem como objetivo uma "nova forma de fazer política", buscando "o diálogo horizontal com a sociedade por meio de redes sociais – digitais ou não, a sustentabilidade como valor central para um projeto de desenvolvimento e muitas outras que receberam ampla adesão social"
Esta atitude com certeza trará algum impacto para o cenário político brasileiro. Desde as eleições passadas as noticias relacionadas à Marina tem ganhado grandes proporções, especialistas políticos avaliam a desfiliação considerando duas principais conseqüências a primeira é que Marina ao sair leva consigo os votos conquistados em 2010 deixando assim o PV “a ver navios”; a segunda é Marina ao sair juntamente com uma quantidade considerável de aliados pode fundar um novo partido, uma nova sigla, ou até mesmo fortalecer o Movimento Marina iniciado no ano passado e a partir deste dar continuidade dia a dia em sua campanha e participações político-ambientais.
Para os cristãos, em especial os evangélicos esta desfiliação não pode ser negligenciada. Sabe-se que um percentual considerável do eleitorado de Marina Silva é composto por cristãos, em sua grande maioria protestantes, evangélicos de todos os seguimentos – de históricos a neopentecostais. O reflexo positivo que esta desfiliação pode produzir neste sentido é a convergência de muitos líderes e pensadores cristãos relevantes de nosso período ao novo Movimento/Partido que pode ser iniciado por Marina e aliados.
A expectativa de algo positivo nesta desfiliação deve ser nutrida. Existem inúmeras questões políticas e sócio-ambientais que na óptica cristã tem sido desconsideradas pelas lideranças políticas atuais e que podem receber sua devida relevância neste novo cenário que está prestes a surgir. Contudo sabe-se que a teoria mantém certa distancia da prática, os motivos desta desfiliação, bem como as ideologias que estão sendo formuladas devem ser colocadas em prática com certa urgência, para isso Marina e aliados precisarão contar com um número bem superior a 20 milhões de votos.
Por Rodrigo Diego da Silva
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