1 Sua Vida Ministerial
Podemos observar que no evangelho de Lucas diz que João Batista viveu no deserto até o tempo de manifestar-se a Israel, (Lc. 1.80), Esperou no deserto, esperou muito tempo. Segundo alguns estudiosos a espera pode ter sido de até 15 anos. “O ministério de João Batista tinha por propósito preparar o povo de Israel moral e espiritualmente para o advento do Messias”.[1]
“João estava chegando aos vinte e oito anos de idade. Como sacerdote, não poderia agir, pois os ministros do altar começavam, de acordo com a lei, aos trinta. João não estava ligado ao círculo sacerdotal. Também não era um profeta como os do Velho Testamento. Era um mensageiro especial”[2].
“João estava chegando aos vinte e oito anos de idade. Como sacerdote, não poderia agir, pois os ministros do altar começavam, de acordo com a lei, aos trinta. João não estava ligado ao círculo sacerdotal. Também não era um profeta como os do Velho Testamento. Era um mensageiro especial”[2].
1.1 Preparando caminho, a mensagem de arrependimento
“Voz do que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor” (Is 40:3). João Batista foi o homem escolhido por Deus para ser o último profeta antes de Jesus. Ele era a voz que anunciaria a chegada do Rei Jesus (Jo 1:6). Como homem santo, teve o seu nascimento de forma milagrosa (Lc 1:5-25, 57-66); foi consagrado desde o ventre materno, cresceu e foi preparado por Deus para levar uma mensagem ao povo de Israel sobre a vinda do Rei prometido a Abraão, Isaque e Jacó.
A missão especifica de João Batista foi a de servir de resplendor da Luz eterna; a de servir de último e grande reflexo dessa Luz, a fim de preparar os homens para um brilho muito maior, reflexo esse que pudesse mais facilmente reconhecer e receber do que se tivessem sido previamente iluminados por uma luz mais débil, que incorporassem algo da veracidade da grande Luz. João Batista veio a este mundo fazer um preparativo que se tornava necessário.
João Batista sentiu a compulsão divina de profetizar porque Deus falar, por isso ele é descrito nos mesmos termos em que o V.T. descreve seus profetas. O ministério de João tinha por intuito fazer mais fácil a aceitação do Messias por parte do Povo, porquanto a sua vinda era, realmente algo revolucionário. O acolhimento verdadeiro dado por Cristo, e a permanência nele são acompanhados por reflexão séria e a rendição do próprio eu.
João Batista teve um grande privilégio de apresentar o Salvador do mundo (Jo 1:29), foi sábio em aceitar a primazia de Jesus (Jo 3:30), e, por fim, deu a sua vida pela missão que lhe fora confiada. A vida dedicada deste servo de Deus nos estimula a viver uma vida junto a Deus, em obediência à sua Palavra, e constantes em Seu serviço.
“Voz do que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor” (Is 40:3). João Batista foi o homem escolhido por Deus para ser o último profeta antes de Jesus. Ele era a voz que anunciaria a chegada do Rei Jesus (Jo 1:6). Como homem santo, teve o seu nascimento de forma milagrosa (Lc 1:5-25, 57-66); foi consagrado desde o ventre materno, cresceu e foi preparado por Deus para levar uma mensagem ao povo de Israel sobre a vinda do Rei prometido a Abraão, Isaque e Jacó.
A missão especifica de João Batista foi a de servir de resplendor da Luz eterna; a de servir de último e grande reflexo dessa Luz, a fim de preparar os homens para um brilho muito maior, reflexo esse que pudesse mais facilmente reconhecer e receber do que se tivessem sido previamente iluminados por uma luz mais débil, que incorporassem algo da veracidade da grande Luz. João Batista veio a este mundo fazer um preparativo que se tornava necessário.
João Batista sentiu a compulsão divina de profetizar porque Deus falar, por isso ele é descrito nos mesmos termos em que o V.T. descreve seus profetas. O ministério de João tinha por intuito fazer mais fácil a aceitação do Messias por parte do Povo, porquanto a sua vinda era, realmente algo revolucionário. O acolhimento verdadeiro dado por Cristo, e a permanência nele são acompanhados por reflexão séria e a rendição do próprio eu.
João Batista teve um grande privilégio de apresentar o Salvador do mundo (Jo 1:29), foi sábio em aceitar a primazia de Jesus (Jo 3:30), e, por fim, deu a sua vida pela missão que lhe fora confiada. A vida dedicada deste servo de Deus nos estimula a viver uma vida junto a Deus, em obediência à sua Palavra, e constantes em Seu serviço.
1.2 Quem crer... Quem não crer
João traz uma mensagem de arrependimento ao povo. Sua mensagem nos mostra a certeza do julgamento e da ira de Deus. Ele nos fala sobre um juízo total.
João Batista, às margens do Jordão, pregava a sua mensagem dura, e até agressiva: “Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus” (Mt.3:1-11). Líderes religiosos, das ordens dos fariseus e saduceus, iam até ele para ouvi-lo e, quem sabe, provocá-lo para um debate. Não criam nele (Lc.7:30; Mt.21:23-27), mas uma polêmica acerca de doutrinas ou da Lei era sempre bem-vinda. Mas o tratamento que João lhes ofereceu chocava: “Raça de víboras!” Para cada grupo que o procurava, as instruções de João eram diretas e agressivas (Lc.3:2-20): “quem tiver duas túnicas, reparta com o que não tem nenhuma... quem tiver alimentos, faça o mesmo... a ninguém maltrateis,... a ninguém enganeis...”
Mas João não se limitava a “pregar arrependimento”. “Ele exigiu fruto que provasse o arrependimento”[3]. Queria resultados concretos, e a isso ele chamava “frutos dignos do arrependimento” (Mt.3:8). João queria ver mudanças de conduta e de vida naqueles que se diziam arrependidos; por isso insistia: “produzi frutos...”
“A luz moral emitida no A.T. brilhava na mensagem de João Batista”.[4] João deixa claro em sua mensagem que quem se arrepende é porque creu em sua mensagem, mas quem não produz fruto digno de arrependimento certamente morrerá, pois o machado já está posto a raiz e cortará toda arvore que não der fruto.
Esse é o impacto da mensagem de João, pois ele dava duas direções: arrepender-se ou morrer. Era uma mensagem dura sobre arrependimento e o julgamento certo de Deus sobre todo o pecado.
Essa mensagem é para os nossos dias também. Podemos nos perguntar: Será que estou produzindo frutos dignos de arrependimento?
João traz uma mensagem de arrependimento ao povo. Sua mensagem nos mostra a certeza do julgamento e da ira de Deus. Ele nos fala sobre um juízo total.
João Batista, às margens do Jordão, pregava a sua mensagem dura, e até agressiva: “Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus” (Mt.3:1-11). Líderes religiosos, das ordens dos fariseus e saduceus, iam até ele para ouvi-lo e, quem sabe, provocá-lo para um debate. Não criam nele (Lc.7:30; Mt.21:23-27), mas uma polêmica acerca de doutrinas ou da Lei era sempre bem-vinda. Mas o tratamento que João lhes ofereceu chocava: “Raça de víboras!” Para cada grupo que o procurava, as instruções de João eram diretas e agressivas (Lc.3:2-20): “quem tiver duas túnicas, reparta com o que não tem nenhuma... quem tiver alimentos, faça o mesmo... a ninguém maltrateis,... a ninguém enganeis...”
Mas João não se limitava a “pregar arrependimento”. “Ele exigiu fruto que provasse o arrependimento”[3]. Queria resultados concretos, e a isso ele chamava “frutos dignos do arrependimento” (Mt.3:8). João queria ver mudanças de conduta e de vida naqueles que se diziam arrependidos; por isso insistia: “produzi frutos...”
“A luz moral emitida no A.T. brilhava na mensagem de João Batista”.[4] João deixa claro em sua mensagem que quem se arrepende é porque creu em sua mensagem, mas quem não produz fruto digno de arrependimento certamente morrerá, pois o machado já está posto a raiz e cortará toda arvore que não der fruto.
Esse é o impacto da mensagem de João, pois ele dava duas direções: arrepender-se ou morrer. Era uma mensagem dura sobre arrependimento e o julgamento certo de Deus sobre todo o pecado.
Essa mensagem é para os nossos dias também. Podemos nos perguntar: Será que estou produzindo frutos dignos de arrependimento?
1.3 O Resultado de seu trabalhoPara todos aqueles que ouviam João, ficava claro que ele era mais do que um pregador. A grande maioria daqueles que escutavam aquele homem estranho, vindo do deserto da Judéia, partia acreditando que tinha ouvido a voz de um profeta. Não era de se espantar que as almas desses judeus cansados, mas esperançosos, ficassem profundamente excitadas com esse fenômeno. Nunca, em toda a história dos judeus, os filhos devotos de Abraão tinham desejado tanto a “consolação de Israel”, nem tinham, mais ardentemente, antecipado “a restauração do reino”. Em toda a história dos judeus, nunca, a mensagem de João, “o Reino do céu está ao alcance das mãos”, teria podido exercer um apelo tão profundo e universal como na época em que ele apareceu, tão misteriosamente, na margem dessa travessia ao sul do Jordão.
“Suas palavras apontavam para a Pessoa que estava preste a surgir e prometiam um Reino no qual a luz moral não se perderia nas trevas, estas é que seriam banidas pela luz. Estava chegando ao mundo a verdadeira Luz, anuncia João, E a sua missão era esclarecer a todos de que aquele Homem, Jesus, é a Luz, essa missão ele cumpriu fielmente até enquanto estava na prisão”.[5]
“Suas palavras apontavam para a Pessoa que estava preste a surgir e prometiam um Reino no qual a luz moral não se perderia nas trevas, estas é que seriam banidas pela luz. Estava chegando ao mundo a verdadeira Luz, anuncia João, E a sua missão era esclarecer a todos de que aquele Homem, Jesus, é a Luz, essa missão ele cumpriu fielmente até enquanto estava na prisão”.[5]
A vida de João Batista visava a preencher um propósito todo especial, ou seja, o de ser o precursor do Messias.
“João foi rejeitado como Precursor, Jesus como o Messias... Portanto ele deixou Jerusalém com seu pequeno grupo de seis discípulos, e pregava enquanto eles batizaram... Jesus ceifa onde João semeou. A obra de Jesus e João continuou pari-passu. È grato pensar de João e Jesus trabalhando na mesma vizinhança, promovendo o reino de Deus no meio de muitas dificuldades”.[6]
2.1 O questionamento sobre o messias
Uns poucos dias antes da sua morte, João novamente enviou mensageiros de confiança a Jesus, perguntando: “O meu trabalho está feito? Por que me enlanguesço na prisão? Sois verdadeiramente o Messias, ou devemos procurar outro?” E quando esses dois discípulos levaram essa mensagem a Jesus, o Filho do Homem respondeu: “Ide a João e dizei a ele que não me esqueci, e que ele deve suportar isso também, pois o conveniente é que cumpramos tudo o que é reto. Dizei a João o que vós vistes e ouvistes – que as boas-novas são pregadas aos pobres – e, finalmente, dizei ao amado precursor da minha missão na Terra, que ele será abundantemente abençoado na idade que está para vir se ele, de mim, não encontrar ocasião para duvidar e cair”. E essa foi à última palavra que João recebeu de Jesus. Essa mensagem confortou-o grandemente e muito fez para estabilizar a sua fé e para prepará-lo para o trágico fim da sua vida na carne, que veio pouco tempo depois dessa ocasião memorável.
2.2 O período de sua morte
João teve uma experiência solitária e um tanto amarga na prisão. A poucos dos seus seguidores foi permitido vê-lo. Ele ansiava por encontrar Jesus, mas tinha de contentar-se em ouvir os relatos da sua obra através daqueles seguidores seus que se tinham transformado em crentes do Filho do Homem. Muitas vezes era ele tentado a duvidar de Jesus e da sua missão divina. Se Jesus era o Messias, por que nada fez para libertá-lo desse inconcebível aprisionamento? Por mais de um ano e meio esse homem rude de Deus, amante do ar livre, definhou naquela prisão desprezível. E essa experiência foi um grande teste para a sua lealdade e fé em Jesus. De fato, toda essa experiência foi mesmo um grande teste para a fé de João, em Deus. Muitas vezes ele foi tentado a duvidar até mesmo da autenticidade da sua própria missão e experiência.
Após ter estado na prisão por muitos meses, um grupo de discípulos seus veio até ele e, após contar sobre as atividades públicas de Jesus, disse: “Então, vejas tu, Mestre, pois aquele que estava contigo no alto Jordão prospera e recebe todos os que vêm a ele. Ele festeja até mesmo com publicanos e pecadores. Tu deste um testemunho corajoso sobre ele, e ainda assim ele nada faz para a vossa libertação”. Mas João respondeu aos seus amigos: Esse homem nada pode fazer que não tenha sido dado a ele por seu Pai nos céus. Vós vos lembrais bem de que eu disse: ‘Não sou eu o Messias, mas sou um enviado antes para preparar o caminho para ele’. E isso eu fiz. O que possui a noiva é o noivo, mas o amigo do noivo, que está próximo dele e o escuta, rejubila-se grandemente por causa do ruído da sua voz. Essa minha alegria, portanto, cumpriu-se. Ele deve crescer, mas eu devo diminuir. Sou desta Terra e já passei a minha mensagem. Jesus de Nazaré desceu à Terra, vindo dos céus, e está acima de todos nós. O Filho do Homem desceu de Deus, e palavras de Deus ele irá dizer a vós. Pois o Pai nos céus não mede o espírito que dá a seu próprio Filho. O Pai ama o Seu Filho e irá logo colocar todas as coisas nas mãos desse Filho. Aquele que acredita no Filho tem a vida eterna. E essas palavras que eu disse são verdadeiras e perduráveis.
Esses discípulos ficaram assombrados com o pronunciamento de João, tanto que partiram em silêncio. João estava também muito agitado, pois percebeu que tinha acabado de fazer uma profecia. Nunca mais ele duvidou completamente da missão e da divindade de Jesus. Mas foi um desapontamento sentido, para João, que Jesus não tivesse enviado a ele nenhuma palavra, que não tivesse vindo vê-lo e que não tivesse exercido nenhum dos seus grandes poderes para libertá-lo da prisão. Jesus, no entanto, sabia de tudo isso. Tinha um grande amor por João, mas sendo agora conhecedor da sua natureza divina e sabendo plenamente das grandes coisas que estavam em preparação para João quando ele partisse deste mundo e também sabendo que o trabalho de João, na Terra, tinha acabado, ele obrigou-se a não interferir na evolução natural da carreira do grande pregador-profeta.
2.3 Sua morte
Temos aqui um relato da interpretação feita pelo rei da Galiléia, dos sinais e prodígios que estavam sendo realizados pelo Senhor Jesus.
O rei era Antipas, chamado de "o tetrarca" pois reinava sobre uma província, no seu caso a Galiléia e Peréia; ele tinha dois irmãos, Filipe que reinava sobre o leste do Jordão e Arquelau, rei da Judéia e de Samaria. Os três eram filhos de Herodes o Grande e todos eram conhecidos como "Herodes", bem como outros descendentes de Herodes o Grande que mais tarde assumiriam o poder. Todos eram infames, notórios pela sua crueldade.
Antipas era de origem iduméia e árabe por parte do pai, e samaritana por parte da mãe. Abandonando sua esposa, ele casou-se com Herodias, que havia sido esposa do seu irmão Filipe (não o tetrarca). João Batista repreendeu-o por causa disto, e por todas as coisas más que ele tinha feito, e assim angariou o ódio dos dois e foi posto na prisão. Herodias queria vê-lo morto, mas Herodes temia João, pois sabia que ele era um homem justo e santo (Marcos 6:20).
Essa mulher ficou furiosa, encheu-se de ódio contra João Batista e queria vê-lo morto por causa disto. Herodias aproveitou-se de uma promessa feita levianamente por Herodes a Salomé, filha de Herodias e sobrinha de Herodes, para conseguir que ele ordenasse o degolamento de João.
Herodes tinha que decidir entre arrepender-se do que fazia e separar-se de Herodias, continuar na situação em que se encontrava e sofrer crescente oposição do povo em seguida à denúncia de João Batista, ou silenciá-lo de alguma forma.
Das três opções, influenciado por Herodias, Herodes decidiu pela terceira.
Não é fácil deixar uma situação de pecado, que nos agrada, para endireitar a nossa vida. Foi o que aconteceu com Herodes. Preferiu cometer uma grande injustiça, aprisionando João Batista para agradar Herodias e abafar a sua própria consciência.
Não sabemos o que João Batista pensou sobre o ocorrido: não havia, entre os profetas, alguém maior do que ele. Da prisão ele mandou uns discípulos seus perguntarem ao Senhor Jesus se Ele era de fato Aquele que havia de vir, ou se esperavam outro.
À primeira vista, parece que João Batista estaria começando a ficar desanimado, e já duvidava da identidade do Senhor Jesus, apesar da clara identificação feita por ocasião do batismo.
Por outro lado, existe a possibilidade que ele quis que eles obtivessem a confirmação direta do Messias para benefício deles próprios. É de se notar a maneira sigilosa em que foi fraseada a pergunta.
João Batista havia proclamado "É necessário que ele cresça e que eu diminua." (João 3:30). Era comum entre os profetas o sofrimento nas mãos daqueles a quem transmitiam a Palavra de Deus, logo a situação em que ele se encontrava não era inesperada.
Este sofrimento, e mesmo a morte, também têm sido parte integrante da experiência de grande parte dos servos de Deus, desde o início da igreja. O mundo teve ódio de Jesus Cristo, e ainda tem ódio dos Seus discípulos, todos os que fazem parte do Seu rebanho, como Ele próprio declarou que ia acontecer (João 17:14).
O dia do aniversário de Herodes foi celebrado com uma festa. Foi quando ele cometeu outro grande erro.
A filha de Herodias, sobrinha de Herodes, dançou durante a festa. Seu nome não é mencionado na Bíblia, mas segundo a história profana ela era Salomé, que se casou mais tarde com outro tio, Filipe o tetrarca da Ituréia (Lucas 3:1).
Ela dançou tão bem que agradou muito Herodes e os seus convidados. Para recompensá-la, Herodes lhe prometeu, com juramento, que lhe daria tudo o que pedisse, até a metade do seu reino (Marcos 6:23).
Era uma promessa solene, e Salomé foi consultar a sua mãe sobre o que deveria pedir. Herodes era poderoso e rico, e as possibilidades eram muitas. Mas Herodias estava focalizada em uma coisa só: João Batista tinha que morrer. Surgiu agora a oportunidade de conseguí-lo através da sua filha.
Para a aflição de Herodes, sua sobrinha, instruída por sua mãe, pediu: "Dá-me aqui num prato a cabeça de João Batista."
Herodes havia feito um juramento, e os que estavam à mesa com ele eram testemunhas, portanto ele tinha que ser cumprido. Ninguém daria o valor de metade do seu reino à cabeça de João Batista: só mesmo Herodias.
João Batista foi decapitado a mando de Herodes, e a sua cabeça exibida na mesa para a satisfação de Herodias.
Na verdade não foi um triste fim para João Batista. Segundo o plano de Deus ele havia cumprido brilhantemente a sua missão, e havia agora chegado à hora dos seus discípulos se reunirem junto com os discípulos do Senhor Jesus, para aprenderem com Ele. A sua morte foi rápida e relativamente indolor. A morte do Messias seria imensamente mais dolorosa.
Os discípulos de João Batista foram buscar o seu corpo, e lhe deram um sepultamento digno. Depois foram contar tudo ao Senhor Jesus.
“Assim viveu e trabalhou o maior nascido de mulher, o gigante e filho único de Zacarias, e morreu ao pé daquele que veio dar a sua vida em resgate de muitos. O Batista é nosso nobre companheiro da era Cristã. Acompanha-nos na estrada real da santificação e serviço no Reino de Deus”.[7]
Conclusão
Homem simples de hábitos humildes. Escolheu viver solitário no deserto. Cheio do Espírito Santo, pregava a proximidade do reino dos céus. Fazia o seu trabalho com coragem e ousadia. Não tinha medo de denunciar o erro e a injustiça. O próprio Jesus chega a elogiá-lo, reconhecendo o seu valor. Com certeza um homem de Deus
João teve uma missão única: "preparar o caminho do Senhor" (Mt 3.3). E a esta missão ele se dedicou de uma forma maravilhosa que nos ensina e inspira.
João Batista, mesmo no deserto produziu um grande avivamento a nível nacional, mas é importante analisarmos sua mensagem, e concluiremos que ele não falava de prosperidade, vitória, realização, curas, (ainda que isso pode ser pregado com base Bíblica), João falava na necessidade de arrependimento e apontava o Caminho da Salvação que é Cristo, mesmo quando todos pensavam que ele era o Cristo, ele fazia questão de afirmar quem era de verdade o Cristo.
João se posicionou a favor de Cristo contra o governo e o mundo.
Hoje será que seriamos capazes de enfrentar a nobreza por causa de Jesus? Lutariamos contra o mundo, mesmo sabendo que o mundo voltar-se-ia em peso contra nós?
Não é preciso mais do que uma simples postura para se tornar um herói. Não precisamos morrer, mas tão somente entregar a nossa vida a Jesus.Temos o exemplo de João, o Batista, a seguir!
Uns poucos dias antes da sua morte, João novamente enviou mensageiros de confiança a Jesus, perguntando: “O meu trabalho está feito? Por que me enlanguesço na prisão? Sois verdadeiramente o Messias, ou devemos procurar outro?” E quando esses dois discípulos levaram essa mensagem a Jesus, o Filho do Homem respondeu: “Ide a João e dizei a ele que não me esqueci, e que ele deve suportar isso também, pois o conveniente é que cumpramos tudo o que é reto. Dizei a João o que vós vistes e ouvistes – que as boas-novas são pregadas aos pobres – e, finalmente, dizei ao amado precursor da minha missão na Terra, que ele será abundantemente abençoado na idade que está para vir se ele, de mim, não encontrar ocasião para duvidar e cair”. E essa foi à última palavra que João recebeu de Jesus. Essa mensagem confortou-o grandemente e muito fez para estabilizar a sua fé e para prepará-lo para o trágico fim da sua vida na carne, que veio pouco tempo depois dessa ocasião memorável.
2.2 O período de sua morte
João teve uma experiência solitária e um tanto amarga na prisão. A poucos dos seus seguidores foi permitido vê-lo. Ele ansiava por encontrar Jesus, mas tinha de contentar-se em ouvir os relatos da sua obra através daqueles seguidores seus que se tinham transformado em crentes do Filho do Homem. Muitas vezes era ele tentado a duvidar de Jesus e da sua missão divina. Se Jesus era o Messias, por que nada fez para libertá-lo desse inconcebível aprisionamento? Por mais de um ano e meio esse homem rude de Deus, amante do ar livre, definhou naquela prisão desprezível. E essa experiência foi um grande teste para a sua lealdade e fé em Jesus. De fato, toda essa experiência foi mesmo um grande teste para a fé de João, em Deus. Muitas vezes ele foi tentado a duvidar até mesmo da autenticidade da sua própria missão e experiência.
Após ter estado na prisão por muitos meses, um grupo de discípulos seus veio até ele e, após contar sobre as atividades públicas de Jesus, disse: “Então, vejas tu, Mestre, pois aquele que estava contigo no alto Jordão prospera e recebe todos os que vêm a ele. Ele festeja até mesmo com publicanos e pecadores. Tu deste um testemunho corajoso sobre ele, e ainda assim ele nada faz para a vossa libertação”. Mas João respondeu aos seus amigos: Esse homem nada pode fazer que não tenha sido dado a ele por seu Pai nos céus. Vós vos lembrais bem de que eu disse: ‘Não sou eu o Messias, mas sou um enviado antes para preparar o caminho para ele’. E isso eu fiz. O que possui a noiva é o noivo, mas o amigo do noivo, que está próximo dele e o escuta, rejubila-se grandemente por causa do ruído da sua voz. Essa minha alegria, portanto, cumpriu-se. Ele deve crescer, mas eu devo diminuir. Sou desta Terra e já passei a minha mensagem. Jesus de Nazaré desceu à Terra, vindo dos céus, e está acima de todos nós. O Filho do Homem desceu de Deus, e palavras de Deus ele irá dizer a vós. Pois o Pai nos céus não mede o espírito que dá a seu próprio Filho. O Pai ama o Seu Filho e irá logo colocar todas as coisas nas mãos desse Filho. Aquele que acredita no Filho tem a vida eterna. E essas palavras que eu disse são verdadeiras e perduráveis.
Esses discípulos ficaram assombrados com o pronunciamento de João, tanto que partiram em silêncio. João estava também muito agitado, pois percebeu que tinha acabado de fazer uma profecia. Nunca mais ele duvidou completamente da missão e da divindade de Jesus. Mas foi um desapontamento sentido, para João, que Jesus não tivesse enviado a ele nenhuma palavra, que não tivesse vindo vê-lo e que não tivesse exercido nenhum dos seus grandes poderes para libertá-lo da prisão. Jesus, no entanto, sabia de tudo isso. Tinha um grande amor por João, mas sendo agora conhecedor da sua natureza divina e sabendo plenamente das grandes coisas que estavam em preparação para João quando ele partisse deste mundo e também sabendo que o trabalho de João, na Terra, tinha acabado, ele obrigou-se a não interferir na evolução natural da carreira do grande pregador-profeta.
2.3 Sua morte
Temos aqui um relato da interpretação feita pelo rei da Galiléia, dos sinais e prodígios que estavam sendo realizados pelo Senhor Jesus.
O rei era Antipas, chamado de "o tetrarca" pois reinava sobre uma província, no seu caso a Galiléia e Peréia; ele tinha dois irmãos, Filipe que reinava sobre o leste do Jordão e Arquelau, rei da Judéia e de Samaria. Os três eram filhos de Herodes o Grande e todos eram conhecidos como "Herodes", bem como outros descendentes de Herodes o Grande que mais tarde assumiriam o poder. Todos eram infames, notórios pela sua crueldade.
Antipas era de origem iduméia e árabe por parte do pai, e samaritana por parte da mãe. Abandonando sua esposa, ele casou-se com Herodias, que havia sido esposa do seu irmão Filipe (não o tetrarca). João Batista repreendeu-o por causa disto, e por todas as coisas más que ele tinha feito, e assim angariou o ódio dos dois e foi posto na prisão. Herodias queria vê-lo morto, mas Herodes temia João, pois sabia que ele era um homem justo e santo (Marcos 6:20).
Essa mulher ficou furiosa, encheu-se de ódio contra João Batista e queria vê-lo morto por causa disto. Herodias aproveitou-se de uma promessa feita levianamente por Herodes a Salomé, filha de Herodias e sobrinha de Herodes, para conseguir que ele ordenasse o degolamento de João.
Herodes tinha que decidir entre arrepender-se do que fazia e separar-se de Herodias, continuar na situação em que se encontrava e sofrer crescente oposição do povo em seguida à denúncia de João Batista, ou silenciá-lo de alguma forma.
Das três opções, influenciado por Herodias, Herodes decidiu pela terceira.
Não é fácil deixar uma situação de pecado, que nos agrada, para endireitar a nossa vida. Foi o que aconteceu com Herodes. Preferiu cometer uma grande injustiça, aprisionando João Batista para agradar Herodias e abafar a sua própria consciência.
Não sabemos o que João Batista pensou sobre o ocorrido: não havia, entre os profetas, alguém maior do que ele. Da prisão ele mandou uns discípulos seus perguntarem ao Senhor Jesus se Ele era de fato Aquele que havia de vir, ou se esperavam outro.
À primeira vista, parece que João Batista estaria começando a ficar desanimado, e já duvidava da identidade do Senhor Jesus, apesar da clara identificação feita por ocasião do batismo.
Por outro lado, existe a possibilidade que ele quis que eles obtivessem a confirmação direta do Messias para benefício deles próprios. É de se notar a maneira sigilosa em que foi fraseada a pergunta.
João Batista havia proclamado "É necessário que ele cresça e que eu diminua." (João 3:30). Era comum entre os profetas o sofrimento nas mãos daqueles a quem transmitiam a Palavra de Deus, logo a situação em que ele se encontrava não era inesperada.
Este sofrimento, e mesmo a morte, também têm sido parte integrante da experiência de grande parte dos servos de Deus, desde o início da igreja. O mundo teve ódio de Jesus Cristo, e ainda tem ódio dos Seus discípulos, todos os que fazem parte do Seu rebanho, como Ele próprio declarou que ia acontecer (João 17:14).
O dia do aniversário de Herodes foi celebrado com uma festa. Foi quando ele cometeu outro grande erro.
A filha de Herodias, sobrinha de Herodes, dançou durante a festa. Seu nome não é mencionado na Bíblia, mas segundo a história profana ela era Salomé, que se casou mais tarde com outro tio, Filipe o tetrarca da Ituréia (Lucas 3:1).
Ela dançou tão bem que agradou muito Herodes e os seus convidados. Para recompensá-la, Herodes lhe prometeu, com juramento, que lhe daria tudo o que pedisse, até a metade do seu reino (Marcos 6:23).
Era uma promessa solene, e Salomé foi consultar a sua mãe sobre o que deveria pedir. Herodes era poderoso e rico, e as possibilidades eram muitas. Mas Herodias estava focalizada em uma coisa só: João Batista tinha que morrer. Surgiu agora a oportunidade de conseguí-lo através da sua filha.
Para a aflição de Herodes, sua sobrinha, instruída por sua mãe, pediu: "Dá-me aqui num prato a cabeça de João Batista."
Herodes havia feito um juramento, e os que estavam à mesa com ele eram testemunhas, portanto ele tinha que ser cumprido. Ninguém daria o valor de metade do seu reino à cabeça de João Batista: só mesmo Herodias.
João Batista foi decapitado a mando de Herodes, e a sua cabeça exibida na mesa para a satisfação de Herodias.
Na verdade não foi um triste fim para João Batista. Segundo o plano de Deus ele havia cumprido brilhantemente a sua missão, e havia agora chegado à hora dos seus discípulos se reunirem junto com os discípulos do Senhor Jesus, para aprenderem com Ele. A sua morte foi rápida e relativamente indolor. A morte do Messias seria imensamente mais dolorosa.
Os discípulos de João Batista foram buscar o seu corpo, e lhe deram um sepultamento digno. Depois foram contar tudo ao Senhor Jesus.
“Assim viveu e trabalhou o maior nascido de mulher, o gigante e filho único de Zacarias, e morreu ao pé daquele que veio dar a sua vida em resgate de muitos. O Batista é nosso nobre companheiro da era Cristã. Acompanha-nos na estrada real da santificação e serviço no Reino de Deus”.[7]
Conclusão
Homem simples de hábitos humildes. Escolheu viver solitário no deserto. Cheio do Espírito Santo, pregava a proximidade do reino dos céus. Fazia o seu trabalho com coragem e ousadia. Não tinha medo de denunciar o erro e a injustiça. O próprio Jesus chega a elogiá-lo, reconhecendo o seu valor. Com certeza um homem de Deus
João teve uma missão única: "preparar o caminho do Senhor" (Mt 3.3). E a esta missão ele se dedicou de uma forma maravilhosa que nos ensina e inspira.
João Batista, mesmo no deserto produziu um grande avivamento a nível nacional, mas é importante analisarmos sua mensagem, e concluiremos que ele não falava de prosperidade, vitória, realização, curas, (ainda que isso pode ser pregado com base Bíblica), João falava na necessidade de arrependimento e apontava o Caminho da Salvação que é Cristo, mesmo quando todos pensavam que ele era o Cristo, ele fazia questão de afirmar quem era de verdade o Cristo.
João se posicionou a favor de Cristo contra o governo e o mundo.
Hoje será que seriamos capazes de enfrentar a nobreza por causa de Jesus? Lutariamos contra o mundo, mesmo sabendo que o mundo voltar-se-ia em peso contra nós?
Não é preciso mais do que uma simples postura para se tornar um herói. Não precisamos morrer, mas tão somente entregar a nossa vida a Jesus.Temos o exemplo de João, o Batista, a seguir!
[1] CHAMPLIM, Russel Norman, O Novo Testamento interpretado: Versículo por Versículo: Vol. 2, pág. 41, ed. Hagnos, São Paulo, 2002.
[2] TOGNINI, Enéas, João o Batista, pág. 42, Edições Enéas Tognini, São Paulo, 1999.
[3] TOGNINI, Enéas, João o Batista, Op. Cit., pág 45.
[4] RICHARDS, Lawrence C., Comentário Bíblico do Professor, pág. 823, Editora Vida, São Paulo 2004.
[5] RICHARDS, Lawrence, Op. Cit., pág. 824.
[6] TOGNINI Enéas, João o Batista, Op. Cit., pág. 89.
[7] TOGNINI Enéas, João o Batista, Op. Cit., pág. 90.
Autor: Rodrigo D. Silva.
[2] TOGNINI, Enéas, João o Batista, pág. 42, Edições Enéas Tognini, São Paulo, 1999.
[3] TOGNINI, Enéas, João o Batista, Op. Cit., pág 45.
[4] RICHARDS, Lawrence C., Comentário Bíblico do Professor, pág. 823, Editora Vida, São Paulo 2004.
[5] RICHARDS, Lawrence, Op. Cit., pág. 824.
[6] TOGNINI Enéas, João o Batista, Op. Cit., pág. 89.
[7] TOGNINI Enéas, João o Batista, Op. Cit., pág. 90.
Autor: Rodrigo D. Silva.
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