História verídica, personagens fictícios...
Eu havia convidado um grande amigo, excelente sanfoneiro, para me substituir em uma aula de doutrina bíblica. Este amigo possui um grande conhecimento bíblico e até mesmo uma formação teológica, ou seja, conteúdo não é o seu problema. Contudo algum tempo antes da data prevista para aula ele fez um contato comigo, pedindo desculpas e dizendo que não se sentia à vontade para ministrar a aula, já havia preparado o material, mas teria dificuldade de se comunicar transmitindo-o a turma.
Respondi a ele que não havia problema nenhum, entendi seus motivos, e mais, fiquei imensamente grato por avisar-me respeitosamente com antecedência. Refleti e pensei sobre o caso. Sempre considerei a timidez em dois aspectos, o primeiro diz respeito a falta de conhecimento sobre o assunto abordado o que gera na pessoa uma insegurança e por conseguinte a timidez - o que não é o caso de meu amigo; em segundo lugar a timidez crônica, aquela que acompanha o indivíduo desde sua infância e criação, podendo ou não ser herdada.
Continuei refletindo e pensando, e, no fim de nosso diálogo disse para que ele não ficasse constrangido com a escusa, aliás, eu também não toco sanfona. Percebi de maneira muito sutil, quase imperceptível caso eu não exercitasse uma reflexão sobre o acontecido, que de fato somos um corpo, um organismo onde um completa o outro, um serve ao outro. Naquilo em posso ser útil, servirei, e quando assim não for serei servido. Não tenho tudo ao alcance de minhas habilidades e conhecimentos - não conheço e não domino tudo. Quando eu quiser escutar uma boa música ao som da Sanfona, não serei eu que vou tocar, mas vou apreciar o belo som produzido pelo meu amigo.
Rodrigo
29/04/13
Rodrigo
29/04/13
Ótimo texto, sempre somos úteis em alguma área, mas não em todas!
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